Defensivos químicos

Entenda os riscos no uso de defensivos químicos para as suas plantas, a sua saúde e o meio ambiente.

Defensivos químicos prejudicam as plantas?

Sem dúvida alguma!

Não apenas as plantas, mas todo o meio ambiente e, inclusive, a nossa própria saúde.

As raízes das plantas, possuem uma membrana interna que é capaz de bloquear a entrada de certas substâncias químicas. É uma defesa natural que elas possuem, e, normalmente, defensivos químicos são projetados para não afetarem as plantas diretamente.

Quando você aplica um composto químico industrializado para eliminar organismos que atacam as suas plantas, as chamadas pragas, lembre-se que não apenas estes animais indesejáveis estará matando, mas também aqueles que são necessários, e que trabalham em equipe com as plantas, ajudando-as a obterem os nutrientes de que precisam.

Venenos não fazem distinção entre bandidos e mocinhos! Eles eliminam todos, e quem sai perdendo com isso é a sua plantinha, e a longo prazo, todo o planeta!

Há vida no solo! Vida muito importante para todo o planeta, pois, na natureza, tamanho não é documento! Mesmo o que nos parece insignificante, possui um grande papel para o meio ambiente e para a sustentação da vida.

Microrganismos que vivem no solo, desempenham um importante papel em conjunto com as plantas, já que eles efetuam a reciclagem dos nutrientes, sem os quais as plantas não poderiam viver.

Por exemplo, o nitrogênio, que é o elemento químico mais utilizado pelas plantas em sua nutrição, existe em abundância na nossa atmosfera. Cerca de 70% dela é composta por este elemento, na forma de gás. No entanto, há um porém: ele é inútil para as plantas na forma como se apresenta.

Para que ele possa ser utilizado pelas plantas, precisa ser fixado a outros elementos e formar compostos químicos que as plantas consigam processar, como os nitratos. Quem faz isso?

Se você respondeu que são justamente os microrganismos do solo, acertou em cheio!

Isso significa, que sem eles, plantas não conseguem se nutrir, e sem plantas, não há vida na Terra, afinal, elas produzem o oxigênio que respiramos, controlam a temperatura pela translocação de água, purificam o ar, controlando os níveis de CO2, e ainda formam a base da cadeia alimentar!

Quando nos alimentamos das plantas, ou dos animais que se alimentam delas, estamos ingerindo os nutrientes que elas elaboraram, com a ajuda das microscópicas formas de vida presentes no solo. Tudo se conecta!

Quando utilizamos defensivos químicos em nossas plantas, as substâncias presentes nestes produtos vão para o solo, e prejudicam as formas de vida existentes este ambiente. Com isso, a ciclagem dos elementos não é efetuada normalmente, e as plantas sentem esse impacto, recebendo menos nutrientes, ficando com a saúde comprometida.

Se você pensou, “Ah, mas eu coloco pouquinho, no nos meus vasinhos”, não se esqueça que nada desaparece. Tudo vai para algum lugar.

A chuva ou as regas carregam estas substâncias para o solo, de uma forma ou outra. O calor pode volatizar as substâncias, que são levadas para outras regiões, e em algum momento, caem no solo. A longo prazo, criamos um grande impacto ambiental.

E não só! Se você pensou na solução, “na falta de microrganismos para produzir nutrientes, basta fertilizar o solo artificialmente”, sinto muito informar, mas isso só piora! Tudo o que a natureza faz, se baseia em um perfeito equilíbrio. Tudo o que existe, existe na medida necessária. Quando interferimos nessa medida, criamos desequilíbrios.

O excesso de nutrientes, causa alterações químicas no solo, como acidez, que resulta na evasão de microrganismos que trabalham em simbiose com as plantas, e que necessitam de certas condições para isso.

Esses nutrientes adicionados, escoam para outras zonas por lixiviação, e prejudicam outras regiões, da mesma forma, afinal, tudo vai para algum lugar.

Nós temos uma grande responsabilidade sobre o nosso planeta. Por isso, é muito importante ter conhecimento sobre o resultado de nossas ações.

Para finalizar, utilizaremos uma citação de Ernest Gotsch que tem muita relação com este artigo:

Não existem pragas. Existem agentes otimizadores de processos de vida. A única praga que conheço no meu plantio sou eu mesmo.


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